Luiz Fabiano após da derrota |
Um ano depois, o Penapolense deu o troco e eliminou o São Paulo do
Campeonato Paulista na noite desta quarta-feira. Sem se intimidar diante do
favorito, no Morumbi, o time de Penápolis venceu o favorito nos pênaltis por 5
a 4, após empate sem gols no tempo normal, e avançou às semifinais do Estadual.
A classificação foi garantida com a penalidade desperdiçada por Rodrigo Caio no
desempate.
O triunfo teve gosto de vingança para o time do interior, já que em 2013 o
São Paulo havia eliminado o Penapolense justamente nas quartas de final, e no
mesmo Morumbi, pelo tímido placar de 1 a 0. O gol fora marcado por Jailton,
contra. Nesta quarta, o mesmo Jailton comemorou a vitória e a classificação do
time que vem sendo uma das surpresas do campeonato.
Rodrigo Caio errou o Penalty decisivo |
A queda do São Paulo foi resultado de uma atuação apática durante todo o
jogo, com pouca criação no meio – Ganso foi apenas discreto – e inoperância no
ataque composto pelo trio Luis Fabiano, Pabon e Osvaldo. Insatisfeita, a
torcida pediu “raça” durante a maior parte do confronto.
Com a eliminação, o time do técnico Muricy Ramalho se junta ao rival
Corinthians, eliminado ainda na primeira fase do Paulistão. Já o Penapolense já
pensa no duelo com o Santos na semifinal. A equipe do litoral avançou ao golear
a Ponte Preta por 4 a 0, mais cedo nesta quarta.
A outra semifinal terá o Ituano, que eliminou o Botafogo, e o vencedor do
duelo entre o Palmeiras e o Bragantino, que se enfrentam nesta quinta, fechando
os confrontos das quartas de final. Os jogos das semifinais serão disputados no
fim de semana ainda sem data e horário definidos.
O JOGO – Jogando em casa e contra um rival que foi apenas o 13º colocado
geral da primeira fase, o São Paulo era o franco favorito nesta noite. Mas um
torcedor desavisado poderia confundir esses papeis se tivesse assistido apenas
o primeiro tempo da partida, dada a maior iniciativa do Penapolense e a tibieza
do time da casa.
Mesmo com maior posse de bola, o São Paulo foi ofuscado pelo Penapolense na
etapa inicial porque era muito lento no meio-campo e com frequência cedia
contra-ataques aos visitantes. Só não saiu atrás no placar antes do intervalo
porque o time do interior finalizava pouco e falhava nas raras tentativas.
Na melhor chegada dos visitantes, Gualberto finalizou duas vezes mas foi
bloqueado pela defesa são-paulina após cobrança de escanteio. Pelo lado do time
da casa, Ganso tinha dificuldade para armar, Luis Fabiano jogava isolado e até
Pabon ficou devendo. Somente Osvaldo movimentava o ataque.
Para decepção da torcida são-paulina, o intervalo não trouxe mudanças para o
futebol apresentado pelos anfitriões. Tímido no ataque, articulava poucas
jogadas no meio. Raras eram as trocas de passe. Nem os gritos de “raça” vindos
das arquibancadas empurravam os jogadores.
Os erros acabavam gerando contra-ataque para o Penapolense, que não
conseguia aproveitar suas oportunidades. Os visitantes chegavam com facilidade
no ataque, geralmente em velocidade, mas logo tropeçava nas próprias falhas
técnicas ou na falta de confiança. Na melhor finalização, Alexandro arriscou de
fora da área e exigiu grande defesa de Rogério Ceni aos 10 minutos.
O Penapolense esteve mais perto de chegar ao gol durante a maior parte do
duelo. Somente a partir dos 35 minutos o time do interior desacelerou, com medo
de levar um gol no fim, sem tempo hábil para reação. Com Ademilson em campo, no
lugar de Pabon, o São Paulo melhorou, permanecia mais tempo no ataque, mas
seguia inoperante.
Jogadores do Penapolense Comemoram a Vitória |
Sem gols, o confronto precisou ser decidido nos pênaltis. Rogério Ceni, Luis
Fabiano, Ganso e Osvaldo converteram suas cobranças. Mas Rodrigo Caio parou no
goleiro Samuel na terceira finalização. Pelo lado do Penapolense, não houve
erro. Guaru, Petros, Washington, Douglas e Neto mandaram para as redes e
asseguraram o time na próxima fase do Paulistão.
FONTE: Globoesporte.com
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