segunda-feira, 6 de outubro de 2014

De Romário a Marcelinho Carioca: Vitórias e quedas do esporte nas urnas

Romário comemora com a família o resultado da eleição para Senador (Foto: Fernando Souza / Ag. Estado)
Após carreiras dedicadas aos campos e às quadras, chegou a vez de ex-atletas brasileiros atuarem de terno e gravata, dentro de gabinetes e câmaras. Neste domingo, candidatos que fizeram sucesso no esporte conseguiram nas urnas o direito de representar o eleitorado brasileiro. Tetracampeão mundial com a seleção brasileira em 1994, Romário foi eleito senador pelo Rio de Janeiro com quase 4,7 milhões de votos. Assim como na época em que calçava chuteiras, o Baixinho mantém a tabelinha com Bebeto, que se elegeu deputado estadual com cerca de 60 mil votos dos cariocas.

O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, foi eleito deputado federal por São Paulo com mais de 168 mil votos. Quem também teve sucesso nas urnas foi o ex-goleiro Danrlei. O ídolo do Grêmio foi o segundo candidato mais votado para deputado federal no Rio Grande do Sul, com quase 160 mil votos. Ídolos em seus clubes na época em que jogavam, Jardel, ex-Grêmio, Bobô, ex-Bahia, e João Leite, ex-Atlético-MG, conseguiram se eleger como deputados estaduais.

Alguns dirigentes de clubes também entraram. Fernando B. Coelho, ex-presidente do Santa Cruz e ex-ministro da Integração Nacional, foi eleito senador por Pernambuco. Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, entrou como deputado federal em São Paulo. Gustavo Carvalho, presidente do América-RN, Sérgio Frota, que preside o Sampaio Corrêa-MA, e Marcos Barbosa, presidente do CRB-AL, foram eleitos deputados estaduais.

Os esportes olímpicos também marcaram presença nas urnas. Bicampeão mundial de judô, João Derly se aposentou há dois anos e, aos 33, se elegeu neste domingo deputado federal pelo PCdoB do Rio Grande do Sul. Com 106.991 votos, ele conseguiu uma das 31 vagas do estado para a Câmara Federal.

A condição de ídolo, contudo, não foi suficiente para alguns candidatos. Roberto Dinamite não chegou aos 10 mil votos e fracassou na tentativa de reeleger deputado estadual no Rio de Janeiro. Em Minas Gerais, Raul Plassmann, ex-goleiro de Flamengo, Cruzeiro e São Paulo, recebeu cerca de nove mil votos e não obteve sucesso na campanha para se eleger deputado federal. Outro ídolo do futebol mineiro que naufragou foi o ex-atacante Reinaldo, que conseguiu pouco mais de 800 votos na campanha para a Câmara Federal. Com mais de 43 mil votos, Marcelinho Carioca fracassou em mais uma tentativa de entrar no mundo da política. O ex-jogador do Corinthians concorria ao cargo de deputado estadual e foi votado por aproximadamente 43 mil eleitores em São Paulo. 

Giovane Gavio e Leila agregaram a seus nomes "do vôlei" nas campanhas, mas não adiantou. O bicampeão olímpico, candidato pelo PSDB a deputado federal, recebeu 36.008 votos, foi o 79º mais votado e não levou a vaga. Leila, duas vezes medalha de bronze nas Olimpíadas, recebeu 11.125 votos para deputada distrital e ficou fora dos 24 que se elegeram no Distrito Federal devido ao coeficiente eleitoral. 

O ex-campeão mundial de boxe Acelino de Freitas Popó buscava a reeleição como deputado federal pelo PRB da Bahia. Foi votado por 23.017 eleitores e ficou fora. No Rio de Janeiro, o ex-treinador da seleção brasileira masculina de vôlei, Radamés Lattari, recebeu 5.745 votos e ficou em 171º lugar, longe dos 46 que se elegeram. Ex-técnico do time de basquete do Flamengo, Paulo Chupeta tentou vaga para a Assembleia Legislativa do Rio, mas recebeu 4.421 votos e ficou em 244º lugar.


Até quem apenas pegou uma carona com o esporte tentou a sorte nas urnas. Não deu certo para Esquerdinha, o massagista que invadiu o campo e impediu um gol do Tupi contra o Aparecidense em partida da Série D de 2013. Candidato a deputado estadual em Goiás, ele amargou uma bola fora: apenas 136 votos.

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